Segunda-feira, 8 de Junho de 2009
é no âmago das cerejas
que a confissão ganha sabor
Sábado, 21 de Março de 2009
Dia Mundial da Poesia
Hoje em Vila do Conde, numa iniciativa do Colectivo Silêncio da Gaveta, dois mil poemas surgem da noite para o dia na Avenida Júlio Graça.
Palavras que brotam das árvores numa Primavera “sui generis”.
Programa:
Dia 21 Sábado, Jardim da Avenida Júlio Graça
Apresentação durante o dia da instalação poética
De meia em meia hora será transmitida a peça musical e poética dez passos depois das árvores
23 horas, junto ao coreto do mesmo jardim
leitura poética dez passos depois das árvores
com o Colectivo Silêncio da Gaveta e o compositor convidado Eduardo Patriarca
Sexta-feira, 23 de Janeiro de 2009
Foi devagar
a compasso de beijo no deserto…
23-01-2009
Terça-feira, 16 de Dezembro de 2008
Do que tenho ouvido
duvido que a vida
seja tenha sentido
mas consinto que seja sentida
13-12-2008
Quarta-feira, 4 de Junho de 2008
É noite. Com a brisa do mar
reinvento aromas de incenso
que as cigarras levam a cantar.
Renasce a vida, outrora suspensa.
É noite. Milhões de estrelas a florirem
dentro das borboletas que libertei
só para dizer esta força de sentir,
igual à primeira vez que amei.
É noite. A lua molha-me os pés
sem deixar qualquer rasto de frio…
Apenas esta prece de estio:
Que nunca se apague a fogueira
de um amor que se aprende
a pulso e jamais se rende.
18-06-2001
Se o mar se agita, é nos olhos
que a espuma se agiganta
deixando à deriva os escolhos
onde a revolta se espanta.
Se o mar se agita, é no peito
que rebenta a fúria das vagas,
é nas vagas do tempo desfeito
que as lágrimas são amargas.
Se o mar se agita, é por dentro,
no íntimo das conchas perdidas
em que deixou entrar o vento.
Se o mar se agita, há mudança
dentro do sonho a latejar,
como se adivinhasse a bonança…
28-10-2006
Quinta-feira, 29 de Maio de 2008
Folhas de papel, leitos alvos
onde poisa o olhar.
A impressão das memórias aguarda
em redemoinhos de palavras inquietas,
quais árvores ansiando a primavera.
Folhas brancas que se oferecem ao sonho,
sem medo, totalmente despidas…
Mas o poeta hesita.
Suspende o voo firmemente,
como se todos os sentimentos, cores,
desejos e amores tivessem cristalizado.
É que dizer, também dói…
30-03-2004
Domingo, 25 de Maio de 2008
Por breves instantes
fugazes como as estrelas cadentes,
o mar lembra-se de mim
e vem beijar-me as mãos.
25-07-2004
Sábado, 24 de Maio de 2008
Quinta-feira, 22 de Maio de 2008
Em tempo de floração
abro os braços ao pólen
e sigo o rasto das borboletas
dou-me à inabalável certeza:
há-de haver sempre alegria
nem que seja apenas
o complexo voo dos pássaros
07-06-2001